Saúde e Anvisa reforçam o alerta sobre o uso de pomada capilar durante o Carnaval


O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reiteraram o alerta sobre o uso de pomadas para modelar, trançar ou fixar o cabelo durante o carnaval. Esses produtos são comumente utilizados para manter penteados, como tranças, aumentando sua durabilidade e melhorando seu acabamento.

No final do ano passado, houve diversos eventos adversos e casos de intoxicação relacionados ao uso dessas pomadas. Cerca de 1.2 mil pomadas tiveram seus registros cancelados em dezembro, somando-se a outros 1.7 mil ao longo do ano passado.

Com a proximidade do carnaval, o ministério se uniu à Anvisa em ações de comunicação para educar sobre os cuidados necessários. Nas redes sociais, a pasta divulga conteúdos direcionados a consumidores, profissionais de beleza e trabalhadores da saúde.


Cuidados necessários

É crucial usar apenas produtos registrados pela Anvisa, ler atentamente as instruções, estar ciente do uso excessivo e realizar testes de alergia. Uma das condições para autorização de venda é que o produto não tenha desencadeado eventos adversos graves desde sua entrada no mercado. Além disso, pomadas com concentração superior a 20% de ceteareth-20 foram proibidas.

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Os fabricantes também devem apresentar licença sanitária, rótulos com explicações detalhadas, incluindo a quantidade ideal do produto a ser aplicada, avaliação de segurança cutânea e ocular, e declaração ou avaliação que ateste a segurança do cosmético. Outra exigência da Anvisa é que a forma física do produto seja declarada como “pomada”.

O ministério reforça que o uso não é recomendado se a pele, os olhos ou outra parte do corpo estiver irritada. Ao lavar os cabelos, é importante tomar cuidado para que o produto não entre em contato com os olhos, lavando imediatamente com água em caso de contato acidental.

Intoxicação e produtos irregulares

Os principais sintomas de intoxicação por pomadas capilares incluem coceira nos olhos, vermelhidão, irritação, ardência e inchaço. Em casos mais graves, a visão pode tornar-se turva, especialmente após contato com a água. Nesses casos, é crucial buscar assistência médica e notificar as autoridades sanitárias.

Caso seja observado algum efeito adverso, é importante guardar o produto para rastreabilidade das informações, como marca e lote, para investigação dos órgãos competentes. A notificação é essencial para monitoramento, controle e pode ser realizada por consumidores, empresas ou profissionais de saúde.

É fundamental lembrar que a notificação de intoxicação exógena no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) é obrigatória para médicos, outros profissionais de saúde e responsáveis por serviços públicos e privados de saúde.

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