Ministra da Saúde aguardou aval de Lula para se posicionar contra PL do aborto


Na espera pela “hora política”, Ministra da Saúde aguarda para se posicionar sobre projeto de lei de aborto

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, optou por aguardar o momento oportuno antes de se manifestar contra o projeto de lei em discussão na Câmara dos Deputados que propõe equiparar a penalidade do aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples.

De acordo com relatos de fontes próximas à CNN, Nísia vinha sendo pressionada para se posicionar – especialmente após declarações da ministra da Mulher, Cida Gonçalves, e da primeira-dama, Janja Silva. No entanto, a ministra teria preferido aguardar a “autorização” do presidente para evitar possíveis conflitos com o Congresso Nacional.


O pronunciamento da ministra, no último sábado (15), ocorreu logo após o presidente classificar o projeto de lei como uma “insanidade”. Nísia adotou um tom moderado e fez menção ao posicionamento de outra colega ministra em suas redes sociais.

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“Acompanho com preocupação o debate acerca do PL 1904/2024 e concordo plenamente com a ministra Cida Gonçalves. É fundamental garantir, no âmbito do SUS, a assistência a meninas e mulheres vítimas de estupro e em situação de risco, em conformidade com o Código Penal de 1940. Além disso, é imprescindível, conforme estabelecido pela lei, permitir o aborto em casos de anencefalia fetal”, afirmou.

A maioria das críticas nas redes sociais estava direcionada a Nísia Trindade, uma vez que os abortos permitidos por lei são realizados principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS), que tem a responsabilidade de garantir a integridade e segurança das mulheres. No entanto, devido ao interesse de partidos do centro em seu cargo, a ministra teria receio das repercussões de uma posição mais incisiva.

A equipe da CNN questionou o Ministério da Saúde sobre a demora de Nísia Trindade em se manifestar sobre o projeto de lei do Aborto, mas até o momento não obteve resposta.

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