A ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, afirmou que o governo está empenhado em prevenir novos casos de dengue no país e em fornecer assistência aos pacientes da doença, sem considerar a situação como uma emergência nacional.
Segundo a ministra, existem áreas com epidemias locais, como Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, que já declararam estado de emergência devido à dengue.
Até o momento, o Brasil registrou cerca de 262 mil casos prováveis de dengue e 29 mortes relacionadas à doença, com 173 óbitos em investigação.
Em áreas mais afetadas pela dengue, foi acordado um repasse adicional de 10% para ações de emergência, totalizando até R$140 milhões mensais para essas ações.
Nísia enfatizou a importância de não agravar a situação em outras regiões e destacou a criação do centro de operações de emergência (COE) contra a dengue, em Brasília, como parte da estratégia nacional de combate à doença.
Em relação à vacina contra a dengue, a ministra salientou que, embora não seja a solução imediata, os esforços serão direcionados para expandir a oferta do imunizante, que será administrado em duas doses com intervalo de três meses.
O governo planeja iniciar a distribuição da vacina para 521 municípios selecionados, priorizando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo com alto índice de hospitalizações após os idosos.
A tradução da bula do imunizante Qdenga para o português, uma exigência da Anvisa ao fabricante japonês Takeda, foi aguardada para garantir a segurança e eficácia da vacina.
Em suma, as ações de combate ao mosquito vetor da dengue e a promoção de cuidados preventivos são cruciais neste momento, enquanto a vacinação será intensificada para reduzir o impacto dos surtos da doença.