Beneficiados pela vacina contra HPV
Portadores de papilomatose respiratória recorrente (PRR) estão entre os grupos prioritários autorizados pelo Ministério da Saúde a receber a vacina contra o HPV. Essa medida entrou em vigor recentemente e abrange crianças e adultos afetados pela doença.
O Ministério da Saúde justifica a inclusão desses pacientes na lista de prioridades com base em estudos que comprovam os benefícios da vacina como forma de tratamento para a PRR.
A PRR é uma condição causada pelo papilomavírus humano (HPV) que resulta em tumores benignos no sistema respiratório, prejudicando significativamente a saúde física e psicológica dos indivíduos afetados. Essa doença se manifesta através do desenvolvimento de verrugas, principalmente na laringe, que podem se espalhar para outras regiões do sistema respiratório.
Para tratar a PRR, os pacientes podem passar por procedimentos cirúrgicos para remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe, sendo necessário repetir a intervenção conforme a evolução do quadro clínico. No entanto, devido à frequência das cirurgias, o tratamento pode ser custoso, doloroso e, em alguns casos, inadequado.
Desde a criação da vacina contra HPV em 2006, tem-se estudado sua aplicação no tratamento da PRR. Após constatar os benefícios do imunizante, o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) do Ministério da Saúde optou por incluir os portadores de PRR no grupo prioritário para receber a vacina contra o HPV.
Administração em dose única
Conforme diretriz do Ministério da Saúde, a vacinação contra o HPV agora é realizada em dose única, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Anteriormente, eram aplicadas duas doses da vacina.
Para ter acesso à vacina, os pacientes com PRR devem apresentar prescrição médica. No caso de menores de 18 anos, é exigida uma autorização dos pais ou responsáveis legais.
(Texto revisado por Marcos Guedes)