O Brasil inteiro enfrenta altos níveis de poluição do ar, ultrapassando as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme revelado por um estudo recente. Essas descobertas são parte do “Painel Vigiar”, uma iniciativa conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério do Meio Ambiente, que monitora a qualidade do ar e seus impactos na saúde humana.
Os dados demonstram que a média anual de material particulado fino (MP2,5) no Brasil atingiu 9,9 microgramas por metro cúbico (µg/m³) em 2023, quase o dobro do limite seguro estabelecido pela OMS de 5 µg/m³. Essas partículas minúsculas são provenientes principalmente de veículos, indústrias e queimadas, podendo penetrar profundamente nos pulmões, entrar na corrente sanguínea e causar doenças respiratórias, cardíacas e até câncer.
A região Sudeste, especialmente o estado de São Paulo, apresenta alguns dos níveis mais elevados de poluição do ar. A capital paulista registra uma média alarmante de 36,5 µg/m³, enquanto no Espírito Santo, a média é de 7,3 µg/m³. O Rio de Janeiro e Minas Gerais também não ficam atrás, com níveis consideravelmente altos de MP2,5.
Outras regiões do país também enfrentam desafios significativos. No Norte, os Estados como Amazonas e Rondônia têm médias ainda mais elevadas de MP2,5, enquanto no Nordeste, o Maranhão destaca-se por seus altos índices. A região Sul e o Centro-Oeste não estão imunes a esses problemas, com médias de 9,1 µg/m³ e 9,8 µg/m³, respectivamente.
É crucial notar que, de acordo com a OMS, a grande maioria da população global está exposta a níveis prejudiciais de material particulado fino e dióxido de nitrogênio, associados a uma série de problemas de saúde. Diante desse cenário, é essencial adotar medidas urgentes para mitigar os impactos da poluição do ar e proteger a saúde das pessoas. Juntos, podemos trabalhar para garantir um futuro mais limpo e saudável para todos.