Distribuição de soro antiofídico em terras indígenas é alterada pelo Ministério da Saúde


A distribuição de soro antiofídico nas terras indígenas do Brasil passa por uma descentralização. Segundo informações do Ministério da Saúde, essa mudança já foi implementada em sete distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) no estado do Amazonas no início deste ano. O próximo na agenda é o Dsei Yanomami, em Roraima. O soro antiofídico é essencial no tratamento de acidentes envolvendo animais peçonhentos.

Essa descentralização marca o início de um processo inédito para aumentar os pontos de atendimento disponíveis para pacientes que sofrem picadas de serpentes. O objetivo do Ministério da Saúde é reduzir o tempo de resposta, minimizando assim os riscos de óbito e sequelas permanentes. Priorizado inicialmente nos distritos indígenas devido à maior vulnerabilidade, os números indicam que essa população enfrenta um risco quatro vezes maior de acidentes com animais peçonhentos em comparação com outros grupos, com uma letalidade seis vezes maior nesse tipo de situação.

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A projeção do governo é que essa descentralização seja gradualmente implementada em todos os estados da Região Norte, que registram o maior número de casos e óbitos por acidentes com animais peçonhentos. Casos graves continuarão sendo encaminhados para hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS).


Para viabilizar essa estratégia, o Ministério investe em caixas térmicas, freezers para transporte e armazenamento adequado do soro antiofídico, além de treinamento de profissionais de saúde. O Dsei Yanomami recebeu cinco câmaras refrigeradas elétricas e dez câmaras refrigeradas solares para o armazenamento de imunobiológicos. Já o Dsei Leste Roraima, que atende sete povos, foi equipado com cinco câmaras elétricas e 16 câmaras solares.

Além disso, o Dsei Yanomami recebeu 447 caixas térmicas de 2,7 litros e 20 litros, enquanto o Dsei Leste Roraima foi beneficiado com 327 caixas.

O Ministério também está avaliando o aumento de produtores credenciados para a fabricação do soro antiofídico. Atualmente, apenas um laboratório é responsável pela produção do soro, mas a intenção é que até 2025 esse número chegue a três.

*Com informações da Agência Brasil*

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