Ministério expandirá distribuição de vacina contra dengue para mais cidades


A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou hoje que o governo federal está planejando redistribuir as doses da vacina contra a dengue que ainda não foram utilizadas. Essa medida visa alcançar mais municípios com os imunizantes, mas a lista exata dos beneficiados ainda está em processo de definição.

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, apesar de 1,2 milhão de vacinas terem sido distribuídas em todo o país, apenas 465 mil foram administradas até o momento. Inicialmente, uma lista com 521 cidades em 16 estados foi divulgada pelo ministério em janeiro, com base no número de casos confirmados naquela época. Curiosamente, São Paulo, a capital, não estava entre as cidades selecionadas.

A nova distribuição será guiada pelos municípios que declararam estado de emergência devido à dengue, incluindo São Paulo. O objetivo é evitar o desperdício das doses não utilizadas e garantir o fornecimento da segunda dose para aqueles que já receberam a primeira. As doses remanescentes serão recolhidas pelo ministério e redistribuídas conforme necessário.

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Em relação às doses não utilizadas, uma opção considerada foi a ampliação da faixa etária para aplicação da vacina, porém essa decisão demandaria mais tempo e atrasaria a redistribuição. Atualmente, a vacina é destinada a indivíduos entre 10 e 14 anos, e aproximdamente 6 milhões de doses adicionais devem estar disponíveis em breve.

Apesar dos esforços para aumentar a vacinação, a ministra destaca que a situação da dengue ainda é alarmante e a vacinação é uma medida importante, mas não a única solução para o combate à epidemia.

A secretária de Vigilância em Saúde explicou que as doses paradas não estão relacionadas apenas à recusa da vacina, mas também a incompatibilidades com outras vacinas do calendário ou condições de saúde dos indivíduos. Mesmo assim, é crucial que os pais levem seus filhos para vacinação.

Os dados mais recentes apontam para 1.937.651 casos prováveis de dengue no país, com 630 mortes confirmadas e 1.009 em investigação. Com um coeficiente de incidência de 954,2 casos por 100 mil habitantes, a situação é considerada epidêmica pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de 300 registros por 100 mil pessoas.

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