Alerta da Saúde sobre febre amarela após registro da primeira morte pela doença no ano



“As campanhas contrárias à vacinação não apenas prejudicam o combate à Covid-19, mas também impactam negativamente a cobertura vacinal contra a febre amarela, que está abaixo do ideal. Portanto, é essencial que toda a população esteja com a vacinação em dia”, afirmou Ethel em comunicado do MS.

A febre amarela é uma enfermidade com uma alta taxa de mortalidade. Nos últimos seis meses, foram registrados quatro casos no país, sendo um em Roraima, um no Amazonas e dois em São Paulo, resultando em três óbitos.

Os dois casos mais recentes incluem o falecimento de um homem de 50 anos que residia na região entre Águas de Lindóia e Monte Sião, na divisa de São Paulo e Minas Gerais, ocorrido na última sexta-feira (26). Além dele, um homem de 28 anos, no município de Serra Grande, também foi diagnosticado com a doença, mas já está recuperado.

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Apesar de a febre amarela ser endêmica na região amazônica, eventualmente o vírus ressurge em áreas fora desse território. Sua ocorrência é sazonal, com a maioria dos casos ocorrendo entre dezembro e maio. Os surtos são desencadeados quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão, como altas temperaturas, baixa cobertura vacinal e alta densidade de vetores e hospedeiros.

O Ministério da Saúde recomenda que as equipes de vigilância e imunização intensifiquem as ações nas áreas afetadas, ampliando-as para os municípios vizinhos, notifiquem a ocorrência de adoecimento ou morte de macacos e estejam atentas aos sintomas de febre leve e moderada em pessoas não vacinadas.

A preocupação é que uma nova onda de transmissão comece, principalmente porque o principal vetor da doença é o Aedes aegypti, o mesmo mosquito responsável pela transmissão da dengue.

Em relação à vacinação, o órgão recomendou a busca ativa de pessoas não imunizadas nas áreas afetadas. Para apoiar as ações, o Ministério disponibilizou 150 mil doses adicionais da vacina contra a febre amarela para o estado de São Paulo na sexta-feira, 27, e recomendou o acesso facilitado à vacinação nas unidades de saúde, sem a necessidade de agendamento prévio.

Informações do Estadão Conteúdo

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